quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Até um dia

Numa tentativa de encontrar uma explicação racional para o que estou sentindo, fiz uma retrospectiva, acreditando que provavelmente não chegaria a uma explicação lógica, mas talvez algo convincente que justificasse esse sentimento. Cheguei apenas a números: 4 meses, um único encontro, inúmeras conversas, mensagens, declarações e algumas brigas.

Esses números só confirmam que sentimentos definitivamente não podem ser explicados como uma fórmula matemática, que se eu soubesse exatamente porque gosto de você talvez não fosse um sentimento puro. Pensando de forma racional, se estivesse olhando de fora seria a primeira a dizer que não existe gostar assim de alguém com quem só ficou  apenas uma vez.

Mas contrariando tudo, eu sinto, e de um jeito que chego a me arrepiar só em lembrar  os poucos momentos que estivemos juntos fisicamente. Jamais conseguiria descrever   a sensação incrível de quando nos abraçamos.

Sou uma pessoa muito intensa e verdadeira com os meus sentimentos, do tipo que da a cara a tapa, e dei. Tentei tudo, esperei, fui, liguei, quebrei a cara, voltei atrás, me doei, e dediquei a você toda atenção que achei que merecia.

Me deliciei com as mensagens recebidas de madrugada, me senti feliz só em ouvir a sua voz ao telefone, me encantei com os trechos de música que traduziam a gente, fui feliz  e  e sorri com a minha alma quando estivemos juntos.  Enfim, tudo isso me fez muito bem por um tempo. Me fez sentir viva e Feliz. 

Mas as coisas mudaram e já não dançamos mais a mesma música, as demostrações de carinho diminuíram, os encontros tão esperados não aconteceram e o sentimento que me fazia bem, começou a me angustiar, a me deixar confusa, já me questiono até que ponto faz bem, até que ponto te faço bem...

Cada demonstração de carinho que você ignora, a cada ligação que não atende e nem retorna, cada encontro marcado que não aconteceu sem uma justificativa plausível, ou com uma justificativa tardia,  esse seu jeito que hora tá super presente e fofo, hora desaparece... enfim essa incompatibilidade só me fizeram pensar que não existe um equilíbrio entre os nossos sentimentos.

Antes que essa incompatibilidade nos afete a ponto de acabar com o carinho e acima de tudo a amizade que surgiu estou indo. Não porque quero, mas porque preciso. Porque não posso me prender a uma expectativa imprevisível. Porque preciso me permitir viver algo concreto,  no mesmo compasso que o meu, e ligada a você do jeito que estou isso não é possível.

Não te culpo, não te cobro, não quero de você aquilo que não pode dar, por isso estou indo, sem mágoas, sem ressentimentos. Triste sim, mas com a certeza que chegará uma hora que vamos até ri disso tudo seja junto ou não.

Queria muito dizer isso tudo olhando no seu olho, mas assim como tudo começou por aqui, fica por aqui com essa saudadezinha que aos poucos vai passando e quem sabe um dia a gente se reencontra em outra vibe em que os nossos desejos sejam compatíveis. Acredite, sempre lembrarei de você com carinho, você é uma pessoa muito especial.


 E como disse Caio Fernando Abreu: Também não sei o que me prende tanto a você. Deve ser justamente essa impossibilidade de sermos, finalmente, nós.

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